Receiver Marantz SR5600

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APRESENTAÇÃO E TESTES

O receiver Marantz SR6001 é um modelo já fora de linha da Marantz, mas ainda é encontrado no mercado por um preço bastante atraente. Foi substituído pelo modelo 5001, da nova linha, que possui saídas HDMI.
Apesar de não possuir conexões HDMI, o Marantz SR5600 dá um show de qualidade e recursos.

O SR5600 veio substituir o meu antigo 5200, que há muitos anos prestou um bom serviço em meu HT. O receiver Marantz possui uma legião de admiradores, pois teve a marca sempre associada à receivers que tinham como característica um som que fascinou compradores do mundo inteiro por décadas, sendo ainda hoje seus antigos modelos ainda bastante procurados.
Como sou muito exigente para áudio, encontro nessa marca os predicados que procuro num equipamento que tem um papel muito importante num sistema de Home-Theater.

Como todos os equipamentos da Marantz, o SR5600 tem uma construção robusta, bem acabada e muito bonita.
Com seus 13,5Kg, apresenta as principais característica abaixo:

-90 Watts x 7 canais (em 8 ohms)
-Dolby Digital EX / Dolby Pro Logic IIx
-DTS 96/24, ES (Discrete 6.1, Matrix 6.1), Neo:6
-Sistema surround SRS Circle II
-Estágios de amplificação discretos “Current Feedback”
-32-Bit DSP
-Conversores digital/analógico de 192KHz/24-Bit para todos os canais
-Saída de fone de ouvido com sistema Dolby
-Conversão de vídeo de S-Video e vídeo-composto para vídeo-componente
-Sistema Multi-Room
-Segundo canal de saída “B”
-Display on-screen
-Modo Pure Direct para aprimorar a saída de áudio
-Modo Video Off para aprimorar a qualidade de áudio
-Cross-over variável
-Entradas de A/V frontais
-Nomeador de estações de rádio
-Conexão RS-232 para automação
-Decodificador HDCD
-Cabo de força destacável
-Entrada de amplificação 7.1 canais que permite a conexão de um player SACD ou DVD-A
-Saída de pré amplificação 7.1 canais
– e muitas… muitas conexões…

O que impressiona bastante nesse aparelho é a possibilidade de conexões. Apesar de não dispor de entradas HDMI, é possível fazer quase tudo em termos de conexões, proporcionando muita flexibilidade para quem, como eu, precisa de bastante versatilidade para ligar player de SACD, amplificador dedicado nos canais frontais, etc.

Se externamente o aparelho transmite uma sensação de robustez (ele é maior e mais pesado que o 5200) e ótimo acabamento, é aberto que podemos ter uma noção mais precisa de seu projeto.
Ele é feito para durar. Possui uma construção interna muito bem feita, como deve ser um aparelho bem projetado.
Somente a tampa superior, para ser aberta, requer que sejam soltos 11 parafusos!!! Tudo é muito bem travado, para evitar qualquer vibração.
As conexões, tanto externas como internas, são robustas para suportar quantas trocas de cabos forem necessárias sem danificar os conectores, como costuma facilmente ocorrer em alguns receivers.
A fonte de alimentação utiliza dois capacitores Elna totalizando 24.000 micro Farads (uma boa reserva de carga), o que justifica a sua “força” para reproduzir as passagens sonoras mais difíceis.
Um grande dissipador de calor ocupa o centro do aparelho, e componentes de qualidade são amplamente utilizados, inclusive japoneses, mesmo sendo o receiver fabricado na China.

Em funcionamento o SR6001 confirma a fama da Marantz. O som é potente, mas ao mesmo tempo muito agradável. Reproduz a trilha sonora de um filme com bastante naturalidade e força, ao mesmo tempo que é capaz de reproduzir música de um SACD ou show em DVD com uma característica suave e sem causar qualquer fadiga sonora. A sonoridade é típica de um Marantz.

A decodificação dos canais é bem precisa e rápida, e em modo automático descomplica a vida do usuário, selecionando o melhor sistema decodificador para a trilha sonora.
Um recurso muito bem vindo é a decodificação HDCD, que permite uma melhor reprodução sonora de CDs gravados com este recurso. Vale a pena a comparação, para perceber as vantagens deste sistema.

Durante os testes com DVDs foram utilizados diversos filmes com trilhas sonoras bem movimentadas, com vidros se quebrando, tiros e explosões. Ligado à um conjunto de caixas da B&W, os sons foram firmes, potentes e encheram o ambiente. Muitas vezes era difícil identificar o som da trilha sonora com o real, dando mesmo a impressão que a chuva que se ouvia ao fundo de uma cena parecia cair lá fora da casa. Uma mesa de vidro que se quebrou em uma cena de ação chegou mesmo a chamar a atenção de outros ocupantes da casa que acharam que algo havia mesmo se quebrado. Os graves são fortes, os agudos extensos e precisos, e os médios bastante naturais, facilmente percebido nas vozes. É importante lembrar que a acústica da sala tem também um papel importante nesse resultado.

O controle remoto permite uma infinidade de programações para uso de outros equipamentos, é bastante completo e tem um bom alcane, mas, inexplicavelmente, não é iluminado.

CONCLUSÃO

Quem está acostumado com um Marantz, dificilmente troca de marca. Seu som é envolvente e muito agradável. Sua construção é robusta e feita para durar a vida toda.
Este aparelho não foge à regra. É um receiver recomendado para quem possui uma sala pequena ou média para grande (até 40m2), e não abre mão da qualidade sonora.

Pode parecer meio que sem propósito avaliar um receiver que já está fora de linha, mas para aqueles que buscam um ótimo aparelho, e não precisam de conexão HDMI, como é o meu caso (uso um cabo HDMI direto do DVD player para o projetor – o que economiza cabos reduzindo as perdas e falhas pelas conexões), este é um receiver altamente recomendável. Para ajudar, ele pode ser encontrado ainda por preços bem convidativos.

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